Principais novidades do III Simpósio Queijos Artesanais do Brasil (Parte 2)

Dando continuidade as principais novidades do III Simpósio de Queijos Artesanais do Brasil, realizado em BH, vejamos o que rolou no segundo dia (18/05).

Legislações Estaduais de Queijos Artesanais nos estados do ES, MG e PA.

Pelo estado do Espírito Santo falou o Sr. José Maria de Abreu Júnior , Diretor-Presidente do IDAF (Instituto de Defesa e Agropecuária do Espírito Santo). José Maria disse que a Agroindústria Capixaba possui mais de 600 agroindústrias de origem animal, sendo que 60% delas têm  menos de 10 anos de existência e possuem forte influência dos imigrantes estrangeiros.

José Maria Abreu – IDAF/ES – Foto: Fernando Mourão

Para incentivar o desenvolvimento destes pequenos empreendimentos, que geram renda e emprego no campo, o Governo do Espírito Santo resolveu “ousar na solução de problemas de legislação”, fazendo a “Simplificação e Flexibilização” da Legislação Estadual. Para tanto, criou o SIAPP (Serviço de Inspeção Agroindustrial de Pequeno Porte) com excelente resultados.

Em síntese, as principais inovações foram a redução de 50% no valor de taxas cobradas, menos burocracia para registro das queijarias, registro provisório até saída do registro definitivo, dentre outros.

Pelo estado de MG, falou Gilson Sales, da SEAPA-MG

Pelo estado do RN, falou Guilherme Moraes Saldanha, Secretário de Estado, ou seja, titular da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca do RN.

Veja abaixo um resumo da história da atividade queijeira no RN

Pelo estado do Pará, falou a médica veterinária Glaucy dos Santos Carreira da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ). O estado do Pará tem 144 municípios e de dimensão continental. Além disso, o período de chuvas dificultam os deslocamentos até as queijarias a serem visitadas. Com a implantação da Lei Estadual No.7.565, de 04 de março de 2013, muita coisa mudou para melhor nas queijarias artesanais do Pará.

Na apresentação foram mostradas imagens de várias queijarias, inclusive na Ilha de Marajó, antes e depois da implantação do SIE. É impressionante a transformação nas queijarias. Resumindo, foi excelente palestra!

Pelo estado do RS, falou João da Luz da EMATER/RS. Inicialmente, João da Luz agradeceu o convite para participar do III Simpósio e lembrou que o primeiro Simpósio sobre Queijos Artesanais do Brasil foi realizado em Fortaleza e foi idealizado por Fernando Mourão, ele, e as duas Marias, ou seja, Maria do Socorro (Embrapa) e Maria Fontenele (UFMA).

Representante do Estado Rio Grande do Sul – Foto: Fernando Mourão

Em síntese, vem sendo realizado um trabalho entre a EMATER-RS e Epagri – Lages-SC em favor do queijo Serrano artesanal, o qual é produzido há mais de 200 anos, nos dois estados do Sul do país. Este trabalho está focado na “Educação Sanitária”.

Pelo estado de SC, falou Andreia de Fátima Schlickmann da Epagri-SC. A recente lei 17.486, de 16 de janeiro de 2018, dispõe sobre a produção e comercialização de queijos artesanais de leite cru em Santa Catarina. No geral, as queijarias são pequenas, produzem de 5 a 10 peças de queijo Serrano por dia e apresentam área interna, variando entre 23 a 50 metros quadrados. Segundo Andreia de Fátima o grande desafio no estado é a Legalização da Produção e sua Comercialização.

Representante do Estado de Santa Catarina

Finalizando, a representante de SC, apresentou o Projeto de Indicação Geográfica Campos de Cima da Serra – Denominação de Origem. Nos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, produz-se um queijo denominado Serrano à base de leite cru integral  tendo como base a alimentação do gado de corte com campo nativo. Este queijo artesanal tem mais de dois séculos de história e cultura que passam de geração em geração, envolvendo cerca de 3 mil famílias no RS e SC.

Diante dessas características do produto, equipes de técnicos da EMATER-RS e EPAGRI-SC elaboraram um projeto de valorização deste queijo para registro junto ao Instituto de Propriedade Industrial (INPI) de uma Indicação Geográfica, na modalidade  Denominação de Origem (DOP), para o queijo Serrano artesanal. O Projeto foi submetido ao INPI há seis meses e aguarda resposta. O Documento No. 274 intitulado “Caracterização ambiental e delimitação geográfica dos Campos de Cima da Serra”, de agosto/2017 da Epagri, Florianópolis, descreve todo o projeto de Indicação Geográfica.

Debate com os representantes de MG, ES, RN, RS, ES, moderador, PA .

 

 

 

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