Foi noticiado no jornal O POVO, no dia 02 de março 2022, que “700 kg de queijo coalho sem refrigeração são apreendidos em Chorozinho”. Os alimentos estavam sendo transportados sem embalagens no assoalho do veículo”.
“Cerca de 700 kg de queijo coalho foram apreendidos na manhã desta quarta-feira, 2, no município de Chorozinho , distante 72 km de Fortaleza. O caminhão que transportava a carga foi abordado no quilômetro 70 da BR-116. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o alimento estava sendo transportado sem condições de higiene e sem documentação fiscal”.
Continua a matéria…”O alimento era transportado em um compartimento não refrigerado ou adequado para o transporte de laticínios. Segundo um estudo realizado pela Universidade Federal do Piauí, em 2015, o armazenamento de queijo coalho sem refrigeração está diretamente relacionado a uma maior proliferação de coliformes no alimento, podendo ocasionar graves quadros de saúde”.
Além disso, as peças de queijo, que estavam no assoalho do veículo, não possuíam embalagens ou selos de inspeção sanitária.
Questionado sobre a origem da mercadoria, o motorista não apresentou notas fiscais. Segundo a PRF, o motorista foi detido e as mercadorias apreendidas foram encaminhadas à Secretaria da Fazenda do Ceará.
Leia a material integral: https://www.opovo.com.br/noticias/ceara/chorozinho/2022/03/02/700-kg-de-queijo-coalho-sem-refrigeracao-sao-apreendidos-em-chorozinho.html
Nossos comentários: 1- A notícia é falsa, pois o queijo apreendido pela PRF não é queijo Coalho, mas trata-se de queijo Mussarela, provavelmente elaborado de leite cru, conforme mostra a imagem acima. 2- Essa “falsa notícia” faz somente degradar a imagem do queijo Coalho artesanal do Ceará. 3- Pesquisamos e descobrimos que o queijo apreendido é proveniente de um produtor de Morada Nova, que não cumpre com as normas da legislação vigente, com relação a identificação do produto e/ do produtor na embalagem do produto alimentício. Sem falar na negligência, no transporte refrigerado e na emissão da Nota Fiscal. 4- O produtor clandestino teve um prejuízo de R$ 14.000,00, no mínimo. 5- É falsa a afirmação que “o armazenamento de queijo coalho sem refrigeração está diretamente relacionado a uma maior proliferação de coliformes no alimento, podendo ocasionar graves quadros de saúde“. Senão vejamos: o queijo Coalho artesanal bem feito (com leite boa qualidade e bem prensado) aguenta ser transportado sem refrigeração. Além disso, é comum a presença de coliformes em queijos, sem causar problemas de saúde ao consumidor. Pelo contrário, no queijo Coalho elaborado de leite cru de boa qualidade, a contagem de coliformes totais e fecais vão diminuindo com a maturação, conforme nossas pesquisas e a literatura científica disponível.
Resumindo, é triste saber que ainda existem produtores que não cumprem com as exigências fiscais e normas da legislação vigente, sobretudo quando se trata de um produto lácteo de grande consumo. Também lamentável é a falta de conhecimentos científicos sobre o queijo Coalho artesanal elaborado de leite cru, na academia e pelas autoridades sanitárias. Só lembrando que a Lei Nº17.318, 13 de outubro de 2020, dispõe sobre a Regulamentação da Produção e a Comercialização de Queijos e Manteigas Artesanais no Estado do Ceará.
Fonte: O POVO
“Além disso, é comum a presença de coliformes em queijos, sem causar problemas de saúde ao consumidor.”
Pelo amor de deus que tipo de afirmação é essa..vai estudar